Homenagens Póstumas

 
 
PRECE
 
João Pessoa
"Senhor, que és o céu e a terra, que és a vida e a morte! O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu! Tu és os nossos corpos e as nossas almas e o nosso amor és tu também. Onde nada está tu habitas e onde tudo está - (o teu templo) - eis o teu corpo. Dá-me alma para te servir e alma para te amar. Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome. Torna-me puro como a água e alto como o céu. Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos. Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos e servir-te como a um pai.
Minha vida seja digna da tua presença. Meu corpo seja digno da terra, tua cama. Minha alma possa aparecer diante de ti como um filho que volta ao lar. Torna-me grande como o Sol, para que eu te possa adorar em mim; e torna-me puro como a lua, para que eu te possa rezar em mim; e torna-me claro como o dia para que eu te possa ver sempre em mim e rezar-te e adorar-te. Senhor, protege-me e ampara-me. Dá-me que eu me sinta teu. Senhor, livra-me de mim."

 
Ao longo destes  14 anos de existência,  a Academia Guanambiense de Letras   superou dificuldades, transpôs barreiras,  conquistou espaços e vitórias  e, lamentavelmente, sofreu perdas irreparáveis.
Nascer, crescer e morrer assim é a Lei. Não sabemos lidar com o  mistério que envolve a morte. Bem sabemos que jamais poderemos fugir à morte,  nem aos desígnios de Deus.
O que é a morte?
Para muitos a morte é  uma passagem  para vida eterna.

 Como disse Francisco de Assis: é morrendo que se nasce para a vida eterna.

Chico Xavier também disse:
Devemos aceitar a chegada da morte, assim como dia aceita a chegada da noite  - tendo confiança que, em breve ,de novo há de raiar o sol.( Chico Xavier)

Para outros  a morte não é o fim. Os mortos dormem no esquecimento até a ressurreição final. A Bíblia diz em Isaías 26:19 “Os teus mortos viverão, os seus corpos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó; porque o teu orvalho é orvalho de luz, e sobre a terra das sombras fá-lo-ás cair.”
 

Ainda, há aqueles  que acreditam  que o ciclo de vida encerra com a morte. 
 



TRANSCRIÇÃO- SALMO 23:1-6


O Senhor é o meu pastor; e nada me faltará.
Em verdes pastagens me faz repousar e me conduz a águas tranquilas;

restaura-me o vigor. Guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.
Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem.
Preparas um banquete para mim à vista dos meus inimigos. Tu me honras, ungindo a minha cabeça com óleo e fazendo transbordar o meu cálice.
Sei que a bondade e a fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida, e voltarei à casa do Senhor enquanto eu viver.



Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem  as coisas do presente, nem do povir, nem os  poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.  Romanos 8:38-3 


 Mesmo diante de palavras confortadoras não queremos e não aceitamos a triste realidade: MORRER.
 

O que disse Bial sobre a MORTE:

 A morte, por si só, é uma piada pronta.
Morrer é ridículo.
Você combinou de jantar com a namorada,
está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem,
precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no
carro e no meio da tarde morre. Como assim?
E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?
Não sei de onde tiraram esta idéia:
MORRER!!!
A troco? Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio
estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve
lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física,
quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para
estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer
da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora
de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...
De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway,
numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis.
Qual é?
Morrer é um chiste.
Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém,
sem ter dançado com a garota mais linda,
sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.
Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e
penduradas também algumas contas.
Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas,
a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.
Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu.
Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce,
caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina,
começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.
Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte
costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã.
Isso é para ser levado a sério? Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o
sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não
acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase
nada guardado nas gavetas.
Ok, hora de descansar em paz.
Mas antes de viver tudo? Morrer cedo é uma transgressão,
desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero.

Assim falou Castro Alves:

Oh! eu quero viver, beber perfumes /
Na flor silvestre que embalsama os ares
Morrer... quando este mundo é um paraíso,
E a alma um cisne de douradas plumas:


O certo é que  um dia  teremos de  partir.

 E assim foi e será...

Cumprindo o propósito Divino, a AGL sofreu  a perda irreparável dos nossos confrades e confreiras, cujas saudades e lembranças permanecerão vivas  em nossas mentes e  em nossos corações. Embora sem a presença física  o nome de cada um deles ficará imortalizado pelos seus honrosos trabalhos.

E assim se despediram, da vida, do nosso convívio acadêmico, os confrades e confreiras amigos:  Elísio Guimarães, Professor Francisco, Leolina Teixeira e Dulce da Silva Meira.


 Leolina Teixeira
 
 
 
 Dulce da Silva Meira.
 
 
 Professor Francisco Pereira da Silva,



Elísio Guimarães -






 
  
  
 
 

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